sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ambev volta a ser alvo de reclamações

Associação Brasileira de Bebidas publica um informativo no qual ressalta a importância do uso dos vasilhames comuns por todas as fabricantes de cervejas; medida seria uma crítica à embalagem de um litro, lançada pela multinacional
A Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) publicou um comunicado, nos principais jornais do País desta quinta-feira, 6 de agosto, defendendo a importância do uso da garrafa livre e retornável para assegurar a liberdade de escolha na hora de comprar uma cerveja.
O informe publicitário, assinado pela Andreoli MS&L, descreve uma série de vantagens que o vasilhame comum de cerveja pode trazer tanto para os consumidores como para os fabricantes de bebidas. Direcionado ao público, o texto traz a seguinte mensagem: "Você pode não perceber, mas muito da liberdade na hora de escolher a sua cerveja é garantida pela garrafa retornável. Ela é sempre igual, independente da marca, o que faz dela uma garrafa livre, de uso comum."
Embora não faça nenhuma referência direta, por trás desse alerta da Abrabe ao consumidor está implícita uma crítica à multinacional que, recentemente, foi condenado a pagar uma multa de mais de R$ 350 milhões por práticas de concorrência desleal: a Ambev (detentora das marcas Brahma, Antarctica, Skol e Bohemia).
Há alguns meses, a fabricante de cervejas lançou no País a garrafa de um litro para as suas marcas - como uma opção alternativa para os tradicionais vasilhames de 600 ml. A diferença é que esse novo tamanho de garrafa contém a marca Ambev impressa em relevo - o que, de acordo com os critérios da Abrabe, fere os princípios mercadológicos das garrafas retornáveis, que deveriam ser idênticas, para poderem ser reutilizadas por todos os fabricantes.
Por conta disso, a Associação publicou o informe, salientando que a "garrafa livre faz com que nenhum bebedor de cerveja seja refém de uma marca. Afinal, uma coisa é ser fiel a uma marca, outra é ser prisioneiro". De acordo com informações publicadas pela imprensa, os fabricantes de cerveja concorrentes da Ambev devem pedir a Secretaria de Direito Econômico (SDE) que investiguem o uso e a comercialização desse tipo de garrafa, sobretudo no mercado do Rio Grande do Sul - onde a participação da Ambev aumentou consideravelmente nos últimos meses, já que o vasilhame de um litro costuma ser vendido por um preço inferior ao da tradicional garrafa de 600 ml.
Com informações da Folha de São Paulo.

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