terça-feira, 24 de agosto de 2010

Veja 5 dicas para usar o Twitter no trabalho

Entediado com a tarefa banal que recebeu do seu chefe, o estagiário resolve twittar. “O tempo não passa... Não agüento mais enrolar... Que horas é mesmo o almoço?”. Ele só se esqueceu de um detalhe: todos os colegas do trabalho – incluindo o superior – são usuários do serviço.
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O caso acima pode parecer caricatural, mas é absolutamente verídico – o nome do estagiário foi omitido, por razões obvias. Com a popularização do Twitter, os limites entre o público e o privado na internet mais uma vez são desafiados e dezenas de casos como este se repetem todos os dias.
Como toda ferramenta tecnológica, o Twitter é só um recurso que pode ser usado a gosto do freguês. Pode ser um canal para fazer relacionamento, mostrar que você tem conteúdo, divulgar seu trabalho e até encontrar novas oportunidades. Mas também pode ser uma porta aberta para queimar seu filme de maneira irremediável.
“Você pode usar como quiser, mas é bom ter controle sobre o que fala”, recomenda o publicitário Carlos Merigo (@cmerigo), autor do blog Brainstorm 9. Com quase 14 mil seguidores, ele já deixou alguns hábitos dos primórdios do Twitter para trás, como informar sua localização. “Antes era comum você dizer que estava indo para tal restaurante, caso seus amigos quisessem te encontrar. Hoje já não dá para fazer isso. Você não sabe quem está lendo, não sabe quem pode aparecer por lá”, explica o publicitário.
Mesclar opiniões e dicas pessoais com o uso profissional da ferramenta não é necessariamente negativo, desde que isso seja feito com ponderação. “Saber quais são os hobbies de um colega, por exemplo, pode ser uma maneira de enxergá-lo de outra forma e até se relacionar melhor”, opina o guru dos blogueiros Edney Souza, o Interney (@interney), que tem mais de 32 mil seguidores.
A regra principal é sempre apelar para o bom senso, mas, na dúvida, confira a seguir algumas dicas para não dar mancada no Twitter:
Não fale no Twitter o que você não falaria pessoalmente
A regra é clara. Se você acha que pegaria mal falar algo em alto e bom som para todos os seus colegas ouvirem, não fale no Twitter. A menos que você tenha restringido seus updates apenas para contatos aprovados, seu chefe pode fazer uma busca rápida e encontrar aquela twittada de desabafo falando sobre a ressaca da segunda-feira ou sobre a preguiça da sexta. Sem falar que fica tudo lá registrado para a posteridade – e futuros empregadores. Vai pegar mal.
Não banque a metralhadora de posts
Se você está participando de uma palestra interessante ou assistindo algum evento digno de menção na TV e acha que seus seguidores vão se interessar em acompanhar o conteúdo em tempo real, mande bala. Do contrário, evite bancar a metralhadora de tweets. Depois de ver a sua foto repetida na lista de feeds pela vigésima oitava vez, pode ser que seus seguidores parem de prestar atenção ao que você está dizendo. Além disso, pode dar a impressão de que você tem tempo demais e trabalho de menos. Não seja prolixo, afinal, a idéia é passar o recado em 140 caracteres, certo?
Não lave roupa suja em público
Essa é quase uma extensão da primeira regra, mas tem suas exceções. No Twitter, quando você responde uma mensagem sem apelar ao modo “direct”, todos os seus seguidores – e não só o autor do post original – saberão o que você tem a dizer. “Estamos tão acostumados a conversar o tempo todo nos mensageiros instantâneos e deixar recados nas redes sociais de maneira privada, que é fácil esquecer que com o Twitter é diferente”, lembra Souza. Aquilo que você diz para alguém, bate imediatamente na tela de todos os seus seguidores. Portanto, evite bate-bocas, ofensas, grosserias e até galanteios que possam ser mal-interpretados. É claro que a troca saudável de ideias, links e referências faz parte do jogo e é sempre bem-vinda.
Faça relacionamento, mas com moderação
É comum entre os usuários do Twitter apelar para a sua rede de contatos para pedir dicas e recomendações – seja de restaurantes, prestadores de serviços ou mesmo de candidatos a vagas em aberto. Para Souza, quem se destaca na rede publicando links interessantes e fazendo comentários pertinentes, tem mais chance de ser lembrado na hora de um trabalho freelancer ou oportunidade de emprego. “É uma maneira de ser notado”, destaca ele. Mas todo cuidado é pouco: o tiro pode sair pela culatra. Se você abusar da boa vontade alheia e se tornar um pentelho, poderá ser bloqueado, sem choro nem vela.
Em boca fechada não entra mosquito
A tentação de dar uma palhinha sobre uma coisa muito bacana que está prestes a rolar na sua vida profissional – seja um novo emprego, um cliente prestes a conquistado ou uma ideia incrível que você acaba de ter – pode terminar mal. Nos Estados Unidos, um candidato perdeu o emprego por se gabar antes da hora da suposta contratação. Um comentário “inocente” feito na ansiedade pode acabar colocando areia em todo um projeto ou dar bandeira sobre planos estratégicos para a sua empresa. Lembre-se: qualquer um pode ler o que você está escrevendo, até mesmo seus concorrentes.

Um comentário:

Mary Silva disse...

Este post me fez lembrar da última aula da Rosaura sobre web e o uso correto do blog.

Tudo isto gira em torno do bom senso, devemos pensar e repensar se devemos mesmo espalhar tal fala aos quatrocentos mil cantos da internet.

Seguindo a fala da nossa querida teacher, quem alimenta nossos perfis somos nós mesmos.