quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Analista de quê?

Tudo bem. Somos da Comunicação, sempre tem aquela desculpa “não gostamos de números”, mas vamos pensar um pouco em matemática. O Orkut nasceu em 2004. Foi liberado para acesso sem convite a partir de 2006, mesmo ano da criação do Twitter. De lá, se vão (apenas) pouco mais de quatro anos. Ok. Em uma avaliação informal, podemos dizer que há um ano e meio, dois, o microblogging sequer era conhecido por grande parte da população brasileira e, idem, pelas empresas tupiniquins.
Esse meu pequeno exercício se dá pela proliferação, nos últimos tempos, de um profissional muito interessante: o analista de redes sociais. O que eu entendo por analista, conceito que o Aurélio conjuga comigo, é aquele sujeito especialista, que tem propriedade, vivência teórica e prática, que pode dar respostas e indicar caminhos sobre determinado assunto. Assim acontece nas áreas de sistemas, recursos humanos, marketing etc. O que me faz voltar aos números e pensar como é possível existir analistas em uma “disciplina” tão recente.
Não estou julgando a qualidade deste ou daquele profissional. Se você é um analista de redes sociais, perdão, sei que tem muita gente que trabalha/pensa em internet desde os tempos em que eu queria ser jogador de futebol. Mas é preciso cuidado. A velocidade com que as coisas andam retoma a um velho papo: muita informação e pouca formação. Você absorve muito, mas, apesar de passar essa impressão, não quer dizer que você se torne um especialista.
Olhe para a sua time-line do Twitter. Quantas promoções você vê por dia? RT aquilo e ganhe aquilo outro. E é aí que mora o perigo. Commodities. Mais do mesmo. Muito “analista” pensando no que alguns de vanguarda já haviam pensado lá atrás. Chegando no que a velha (?) e boa propaganda discute há anos, o diferencial. Enquanto as redes sociais engatinham – e, sim, pode ter certeza que elas estão apenas engatinhando – um RT no Twitter e um bate papo em comunidades no Orkut podem ser a sua solução. Mas o divisor de águas será aquela que, sem o devido oportunismo, olha para a ferramenta e pensa “fora da caixa”: a criatividade.
Por @jonesmeira, redator web da Solution.

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